PDA

View Full Version : 25 de Abril



Vasconcelos
04-25-2012, 12:27 PM
Pois é, faz hoje 38 anos que o Estado Novo finalmente se tornou velho e foi corrido a tanque e G3. O que pensam hoje do 25 de Abril e do drama que a Associação 25 de Abril e alguns notáveis (nomeadamente o senhor Mário Soares) estão a fazer?



Acho muito bem que se festeje o 25 de Abril. A democracia e o Estado de Direito devem ser as pedras basilares de qualquer país. Pessoalmente sempre estive contra grande parte das políticas do Estado Novo, inclusive na questão das colónias.


O problema é que não é isso que se festeja, mas sim o 26 de Abril e dias seguintes, PRECs, a "revolução contínua" e outras comunisses do género, e isso eu não apoio.

Cada vez que ouço a extrema-esquerda falar dos "valores de Abril" são estas imagens que me vêm à cabeça.


http://4.bp.blogspot.com/_THj1NLvxH14/S8G9qDJ0NSI/AAAAAAAAB_E/fLeD89ZZshU/s1600/D%C3%ADvida%26D%C3%A9fice_1850-2010.jpg

http://3.bp.blogspot.com/-DMsx9ciEkpM/TV5LHy27puI/AAAAAAAADHo/SUPX1J4n6h0/s1600/taxa_crescimento_pib.png
Não, obrigado, mas estes valores de Abril eu dispenso. Considero que os grandes responsáveis pela mentalidade governamental despesista Portuguesa foram os "26 de Abril" e isso eu jamais vou festejar.

Damião de Góis
04-25-2012, 01:53 PM
Acho que não há discussão. PIDEs e guerras em Africa tinham que acabar, mesmo que viessem depois traficantes de marfim ou diamantes.

Catrau
04-25-2012, 05:15 PM
Concordo contigo.

Se o Salazar tivesse perdido o poder para o Humberto ou se se tivesse dedicado à pesca mais ou menos na mesma altura tinha sido ideal. Saía bem e permitia uma nova abordagem em vez de nos transformar num cinzentões degraçados por mais 20 anos. Os ditadores têm a mania que se não forem eles, mais ninguém é capaz.
Na verdade, pelo que leio, os chupistas que andam a empobrecer-nos são os mesmos há muito tempo, só os amigos dos chupistas é que mudaram com o 25 de Abril, o chupistas fugiram durante uns meses mas depois voltou tudo ao antigamente.

A mim, já me dá arrepios quando ouço aquela célebre frase: "25 de Abril sempre!" vêm sempre do mesmo quadrante de gajos que destruíram a economia naqueles meses em que governaram sem mandato no pós 25 de Abril e têm a desfaçatez de dizer que roubar empresas e terras aos donos é que era exemplo. Dasssse.

Rouxinol
04-25-2012, 05:48 PM
Sou favorável às colónias e considero que, tal como o Gen. António de Spínola propunha, deveria ter sido encontrada uma solução política e não militar para as mesmas. Uma espécie de Commonwealth português. Não sei se seria viável, mas era uma boa ideia. Penso, contudo, que pouco poderíamos decidir nesta matéria se os independentistas das colónias não acatassem esta solução. Eles teriam de aceitar, ou de outro modo, em plena Guerra Fria, as várias facções dentro dos movimentos de independência continuariam a ser incitadas e armadas quer pelo eixo URSS-Cuba quer pelos EUA, cada um na tentativa de os puxar para a sua esfera de influência.

Salazar, por sua vez, teria sido uma melhor figura se tivesse vivido na Idade Média e não no séc. XX. Teve valor ao pôr em ordem a bagunça financeira, mas devia ter percebido que estava na hora de partir. Marcello Caetano teve oportunidade de abrir o país à democracia e, mentecapto e medievalista, não o fez. Talvez se tivesse evitado assim o descalabro do PREC.

E bom, hoje estamos na situação em que estamos, não sei o que pensar. Por um lado os chupistas que nos conduziram a isto sem pensarem nas consequências a longo prazo, e por outro subjugados à ditadura da alta finança e da União Europeia, com Merkozys e afins a porem e a disporem. Terrível.

Ausência Forçada
04-28-2012, 04:37 PM
Labrador, as colónias NUNCA foram Portugal, Portugal enquanto nação (etnia, cultura, identidade, folk) só existe na Europa, obviamente que nenhum português deveria ter ido combater por terras que não nos pertenciam, mesmo assim estávamos a ganha-la e em 3 frentes contra inimigos armados por duas super potências mundiais. Concordo que Salazar esteve muito tempo no poder, observo 2 fases diferentes no Estado Novo, uma de 1926/33 até 1945 e outra de aí em diante até 74, e as abordagens politicas foram distintas face á derrota do Eixo em 45, muito teve que ser alterado. Economicamente, esses gráficos são interessantes, mas também têm que ser analisadas as prioridades do governo á época...
O 25 de abril foi feito por militares descontentes do regime, o pior veio depois no PREC em que os comunas quase faziam disto uma nova "Cuba"...

Rouxinol
04-28-2012, 05:27 PM
Labrador, as colónias NUNCA foram Portugal, Portugal enquanto nação (etnia, cultura, identidade, folk) só existe na Europa, obviamente que nenhum português deveria ter ido combater por terras que não nos pertenciam, mesmo assim estávamos a ganha-la e em 3 frentes contra inimigos armados por duas super potências mundiais. Concordo que Salazar esteve muito tempo no poder, observo 2 fases diferentes no Estado Novo, uma de 1926/33 até 1945 e outra de aí em diante até 74, e as abordagens politicas foram distintas face á derrota do Eixo em 45, muito teve que ser alterado. Economicamente, esses gráficos são interessantes, mas também têm que ser analisadas as prioridades do governo á época...
O 25 de abril foi feito por militares descontentes do regime, o pior veio depois no PREC em que os comunas quase faziam disto uma nova "Cuba"...

Nem nunca as colónias foram consideradas como parte de Portugal. Eram, isso sim, consideradas como "possessões" de Portugal, até mesmo nas primeiras décadas do Estado Novo. A mudança de política só aconteceu quando Salazar, pressionado pela comunidade internacional para descolonizar, deixou cair o conceito de colónia e adoptou a política do "Portugal do Minho a Timor", transformando as colónias em províncias ultramarinas e promovendo-as como extensões de um Portugal maior, dito multicultural e multirracial - isto na tentativa de acalmar os ânimos internacionais. Não defendo esta última política, mas se pudesse acontecer, defendo que Portugal deveria conceder auto-determinação àqueles povos, com instituições de soberania próprias, mas manter o seu poder em determinadas esferas, pois fomos nós que os descobrimos, e lá tínhamos interesses económicos (café, prospecção mineira, etc.). Por exemplo, quer o Reino Unido quer a França mantêm alguns territórios que pertenciam aos seus impérios sob sua administração, pelo menos parcial. Tudo acabou como acabou, mal para Portugal, muito por culpa de Salazar. Teimoso, quis continuar a apostar na guerra, que apesar de estar praticamente ganha em Angola e Moçambique, estava atolada na Guiné. Inevitavelmente, mesmo ganhando na Guiné também, o contexto internacional iria isolar Portugal com ainda mais sanções e tornar-nos-íamos numa espécie de malfeitores internacionais. O 25 de Abril de 1974 de facto foi um golpe militar sobretudo motivado pelo facto dos oficiais do exército, sobretudo os de de baixa patente (capitães e abaixo destes) não acatarem o facto do Governo estar a promover milicianos a oficiais, sem terem sequer metade da antiguidade daqueles - isto para suprimir as necessidades, mas o MFA tinha, apesar disso, um programa político que visava a restituição da democracia e afins. Depois de muita confusão as coisas começaram a rumar para a esquerda mais radical e veio o PREC em 1975 e afins e uma descolonização terrível que atirou economias que até estavam a crescer (a da metrópole e a das colónias) para o fundo do poço, tanto que até tivemos que ser assistidos pelo FMI uns anos depois - muitos desses senhores, inclusivamente Mário Soares que fez parte dos vários governos provisórios e, depois, de vários governos constitucionais, andam agora por aí a falar de pança cheia, quando ele e outros são também os responsáveis pelo estado a que chegámos. Enfim, olhando para trás é toda uma série de erros estratégicos que se sucede e agora cá estamos, dependentes da União Europeia. Portugal, na sua pequenez, continuará a ser relegado para segundo-plano enquanto os "grandes" da UE crescem e engordam à conta do resto, disso não duvido.

2Cool
04-28-2012, 06:33 PM
Cabo Verde e São Tomé podiam ainda fazer parte de Portugal se em vez de dar-lhes a independência, os Portugueses tivessem feito referendos depois do 25 de Abril. A situação seria similar aos Países Baixos e os seus territórios nas Caraíbas.

Riki
05-01-2012, 03:11 AM
Cabo Verde e São Tomé podiam ainda fazer parte de Portugal se em vez de dar-lhes a independência, os Portugueses tivessem feito referendos depois do 25 de Abril. A situação seria similar aos Países Baixos e os seus territórios nas Caraíbas.

Referendos aos Portugueses??
Quantos já te foram pedidos?Para aderir ao Euro?Acordo ortográfico?Etc;
O nosso Fado e exactamente nunca termos tido voto na matéria.
Qual Democracia em Portugal?Onde o único direito realmente Democrático que temos e o do voto,e mesmo esse tal voto esta sempre condicionado com as fracas escolhas que temos a mão.

Riki
05-01-2012, 07:26 AM
Essa sinistra figura que dá pelo nome de Herman van Rompuy, capacho oficial da chancelerina Merkel e do imperialismo germânico, actuando como seu fantoche na qualidade de presidente do conselho europeu, comportou-se em relação a Portugal, aos trabalhadores e ao povo português como o senhor colonial que avalia a jóia da coroa do império.

Discursando em Bruxelas para uma plateia de investidores e empreendedores, isto é grandes capitalistas detentores quer da indústria, quer do capital financeiro e bancário, o fantoche Rompuy teve a distinta lata de referir que Espanha e Portugal tornaram os seus mercados mais flexíveis de forma a adaptar os seus modelos socioeconómicos para um modo em rápida mutação, concluindo que, assim, o continente europeu poderia permanecer atractivo para viver e trabalhar!

Mas, de que estados-membros desta união europeia está Rompuy a falar? Claro que daqueles que Merkel e o imperialismo germânico, com a prestimosa colaboração do capitulacionista Sarkozy, considera os elos fracos da cadeia e que, na perspectiva da divisão do trabalho que desenhou para a sua nova Europa, depois de, gradual e sagazmente, os ter obrigado a desindustrializar- se e a abandonar e a liquidar a sua agricultura e pescas, quer agora que se transformem em protectorados ou colónias detentores de um sector industrial com baixa incorporação de valor e ritmos de trabalho intensivos e uma mão-de-obra barata, sem qualificação e sem quaisquer direitos.

Escamoteando que as reformas estruturais de que fala, uma fórmula que a tróica germano-imperialista tem imposto, entre outros países, a Portugal, isto é, aos trabalhadores e ao povo português, além de não terem, como afirmam, por objectivo a consolidação orçamental, mas sim a crescente acumulação de riqueza nas mãos da burguesia detentora dos grandes grupos financeiros e bancários, com a Alemanha à cabeça, e que tal desiderato só será conseguido se conseguirem subjugar, humilhar e colonizar, à custa da chantagem das dívidas soberanas os países que consideram os elos mais fracos da cadeia capitalista na Europa, Rompuy engana-se, no entanto, no alvo quando elogia países como Portugal e o seu governo de traidores Passos/Portas como aqueles que tinham sabido agarrar o touro pelos cornos!, entendendo nós que se está a referir, provocatoriamente aos trabalhadores e aos povos desses países, entre os quais Portugal.

Claro está que pelos cornos e de cernelha irá a classe operária, os trabalhadores e o povo português, e os povos martirizados pela tróica germano-imperialista, agarrar este touro representado pelos interesses do eixo Berlim/Paris, obrigando-o, como já o fez no passado, a fugir a sete patas para o curro da história onde merece ser encarcerado e cuja chave deverá, em definitivo, ser deitada fora.
E para mal dos nossos pecados não se avista solução.

angel
05-16-2012, 03:10 PM
25 April 1974 - the single most important date in the country's history, which set Portugal on the path to freedom, ended the fascist terror, wiped out colonialism in Africa and East Timor, and carried out progressive socioeconomic changes led by Bento Gonçalves and Álvaro Cunhal. The country was set on the path to socialism, but unfortunately the proper steps were not taken to stop the counter-revolutionary wave that resulted in the formation of the Soares government, which started the process of reversing the revolution's gains, especially with the accession to the EU:




http://www.pcp.pt/en/25-years-portugal%C2%B4s-signing-treaty-accession-eec
Today, Portugal is not only more unfair and more unequal on the social level and in terms of development of its territory, but also a country which is more dependent, more indebted, more deficitary and more vulnerable. 25 years later, the severe crisis the country faces, although resulting from the right-wing policies at the national level, cannot be separated from the crisis of the bases of the European Union. The record levels of unemployment, Portugal’s stagnation and economic dependence, the destruction of the national productive apparatus, the worsening of exploitation, of social inequalities and injustices are a consequence of the exploitative nature associated to the present process of “European integration”.

Vasconcelos
05-16-2012, 04:45 PM
LOL Quoting the PCP website, fantastic.

As the graphics show, what was done after the 25 de Abril murdered the economy, today we're still suffering the irresponsible policies the communists and socialists took.

Rouxinol
05-16-2012, 04:49 PM
LOL Quoting the PCP website, fantastic.

As the graphics show, what was done after the 25 de Abril murdered the economy, today we're still suffering the irresponsible policies the communists and socialists took.

They set up the so-called "welfare state" by decree. No wonder the IMF came as soon as the early 80s.

Damião de Góis
05-16-2012, 09:21 PM
25 April 1974 - the single most important date in the country's history, which set Portugal on the path to freedom, ended the fascist terror, wiped out colonialism in Africa and East Timor, and carried out progressive socioeconomic changes led by Bento Gonçalves and Álvaro Cunhal. The country was set on the path to socialism, but unfortunately the proper steps were not taken to stop the counter-revolutionary wave that resulted in the formation of the Soares government, which started the process of reversing the revolution's gains, especially with the accession to the EU:

We have more than 800 years of history and global empire along the way. There is no way that is the most important date in our history. Who wrote that? :D

Vasconcelos
05-16-2012, 11:28 PM
We have more than 800 years of history and global empire along the way. There is no way that is the most important date in our history. Who wrote that? :D
Not forgetting a millenar history before the foundation. :thumb001:

Guapo
06-07-2012, 02:25 AM
Hoje, Portugal não é só mais injusto e mais desigual no plano social e em termos de desenvolvimento do seu território, mas também um país que é mais dependente, mais endividado, mais deficitário e mais vulnerável. 25 anos depois, a grave crise que o país enfrenta, embora resultante das políticas de direita a nível nacional, não pode ser separado da crise das bases da União Europeia. Os níveis recordes de desemprego, a estagnação de Portugal e dependência econômica, a destruição do aparelho produtivo nacional, o agravamento da exploração, das desigualdades e injustiças sociais são uma consequência da natureza exploradora associada ao presente processo de integração europeia.

Catrau
06-07-2012, 04:31 PM
Hoje, Portugal não é só mais injusto e mais desigual no plano social e em termos de desenvolvimento do seu território, mas também um país que é mais dependente, mais endividado, mais deficitário e mais vulnerável. 25 anos depois, a grave crise que o país enfrenta, embora resultante das políticas de direita a nível nacional, não pode ser separado da crise das bases da União Europeia. Os níveis recordes de desemprego, a estagnação de Portugal e dependência econômica, a destruição do aparelho produtivo nacional, o agravamento da exploração, das desigualdades e injustiças sociais são uma consequência da natureza exploradora associada ao presente processo de integração europeia.

Tudo o que escreveste está mais ou menos correcto embora careça de algumas achegas porque, se é verdade que essas coisas estão a acontecer, elas são sobretudo conjunturais e estão a afectar algumas economias em geral e não a economia portuguesa em particular. Se não forem tomadas medidas sérias que façam os alemães ganharem menos dinheiro à nossa custa, ela vai bater inesperadamente à porta de algumas economias insuspeitas.
Aquilo com que, de todo não concordo, é com a análise que social fazes. Portugal não é um país mais injusto desde há 35 anos muito longe disso, para tal basta percorrer as ruas das nossas cidades e ler um pouco do que escreve o sociólogo António Barreto. Hoje a nossa sociedade é bem europeia e tem acesso exactamente àquilo que todos os outros têm. A diferença entre o salário médio e a média dos 10% de salários mais altos diminuiu drasticamente (apesar de terem aumentado alguns salários obscenos) e isso é justiça social, que é o que José Gil classifica como a variável mais importante para aferir a saúde de uma sociedade. Já estivemos melhor mas todos os outros já estiveram melhor também. Há um pouco uma ideia miserabilista que algumas pessoas fazem de Portugal incluindo muitos portugueses que só gostam de se comparar com os mais ricos e ainda assim a única coisa que comparam é o salário no final do mês, muitas vezes até comparam o salário bruto dos outros com o deles líquido, têm pouca vontade de comparar os preços da habitação e é aí precisamente que as coisas se nivelam, no entanto, eu não estaria a ser rigoroso se dissesse que noutros países da Europa não se vive melhor do que aqui. Ganhamos menos mas a vida também nos custa menos. Temos problemas mas os outros também têm, não vivem no céu. Agora, nós também não vivemos no inferno.
Vamos lá aferir a justiça social do José Gil com exemplos parecidos. À falta de dados podemos fazer um exercício simples encontrar um rácio entre um salário alto (digamos um juiz) e o salário mínimo:

http://i1074.photobucket.com/albums/w420/1Catrau/Justia-social.jpg

Apesar de ter lido os livros do José Gil e de ter algum feedback no terreno, nunca tinha feito este exercício antes, em especial relativamente à Espanha, julgava que um juiz em Espanha ganhava menos que em Portugal tal como um médico do serviço público ou um professor universitário. Suspeito que este valor do salário de juiz sénior não contenha o subsídio para alojamento de cerca de 750€ mensais e isso tornaria o caso Português mais injusto que o Espanhol, tal como todos temos a sensação. Admitindo que o valor do salário do juiz em topo de carreira português possa ser 750€ mais alto, isso arasta o rácio para 8,4. Por outro lado, penso que não esteja mal a julgar pelo que é dito nesta reportagem da TVI sobre os salário dos juizes . O salário médio Português situa-se nos 813 o que acreditando nos valores que tenho dá um salário de juiz mais de 4 vezes (4,9) superior ao salário médio em linha com se diz nesta reportagem da TVI.

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/justica-salarios-juizes-justica-tvi24/1202218-4071.html

Os dados foram recolhidos da internet de sites fidedignos, a maior parte referem-se a dados de 2012 mas há alguns que são de 2011 acho que não tem importância porque os salários não subiram em lado nenhum a não ser na Alemanha, pelo contrário alguns até desceram. O valor do salário mínimo português e espanhol resulta da multiplicação de 14 salários mensais e posterior divisão por 12 meses para dar o verdadeiro salário mensal, o salário mensal em Portugal situa-se nos 485€(X14). Não há salário mínimo na Inglaterra mas este valor resulta de um cálculo que encontrei num site oficial. Todos os valores são de salário líquido, depois de descontados os impostos.
O que é que aqui vemos? Que segundo os rácios salariais, a justiça social acaba por ser muito parecida. São parecidos, à excepção dos países nórdicos, com a Dinamarca à cabeça, onde o trabalho é muito valorizado e os salários mínimos se aproximam dos salários de topo reflectindo a tal justiça social.
Relativamente ao caso do Brasil, coloque-o aqui por curiosidade mas devo dizer que os valores que encontrei diziam respeito a contratação de juízes com experiência judicial de 3 anos, eu sei que no topo da carreira ganham mais de 10000€/mês.

O que eu quero dizer com isto, é aquilo que digo sempre, os portugueses não devem preocupar-se com que os outros ganham, do ponto de vista da justiça social, muito melhor só os nórdicos mas alugar um “estúdio” em Copenhaga custa 1200€/mês… cá não deve custar mais de 300€. Obviamente que eu preferia ganhar mais e gastar mais, além disso pagaria mais impostos e o meu estado seria mais rico mas acho que devemos preocupar-nos é em ter emprego, o nosso salário não é gasto na Holanda ou na Dinamarca, é gasto aqui. Maiores salários implicam sempre maiores gastos e nível de vida mais alto, não há volta a dar. Hoje em dia as pessoas não emigram tanto para ganhar mais mas para terem emprego. Ter emprego em Portugal e ganhar 1000€ não se vive pior do que ganhando 1700€ na Inglaterra. Aqui estou a especular mas é a sensação que tenho segundo as informações de amigos.

Catrau
06-12-2012, 01:35 PM
Cidades mais caras:

http://visao.sapo.pt/lisboa-cai-22-lugares-na-lista-das-cidades-mais-caras-do-mundo=f669516

Preços imobiliários 2011:
http://i1074.photobucket.com/albums/w420/1Catrau/Precom2.jpg

Alguns preços em 2010:
http://i1074.photobucket.com/albums/w420/1Catrau/Preco.jpg