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Pelo o que consigo lembrar agora, talvez não específicos, porém mais comuns no Ceará e Nordeste setentrional do que no resto do Brasil: Façanha (super específico), Mororó (super específico), Pontes, Gondim, Roncy (super específico), Holanda (menos específico, mas pico de incidência no Ceará), Fonteles, Montalverne (específico), Ximenes, Aguiar, Studart, Leitão, Freitas,
Nobrega, Frota, Vasconcelos, Linhares, Landim, Gurgel, Dantas, Fontenele, Harrop, Nogueira (não específico, mas pico de incidência no Ceará), Pacohyba, Marques (pico no Ceará), Pinheiro, Portela, Saraiva, Lopes, Queirós, Brasileiro (but its probably a name of 1822), Nobre e Castelo talvez alguns dos mais interessantes porque dá pra ver no forebears nitidamente os sobrenomes Castelo, Holanda e Fonteles saindo do pico no Ceará e avançando pro Oeste na colonização da Amazônia.
Last edited by Tenma de Pegasus; 09-19-2022 at 10:38 AM.
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Mais Superestimada:
Alemã - Há cerca de 3,6M de descendentes de Alemães no Brasil porém a maioria só possui um bisavó ou coisa do tipo que veio da Alemanha, mas talvez para se sentir diferente se declaram assim, a elite brasileira também é dominada por Teuto-Brasileiros então isso dá a impressão de que eles são numerosos já que são uns dos que mais aparecem nas Tv's da nossa Ilha de Vera cruz.
Holandesa (Colonial) - Ok Ok Ok obviamente ouve uma imigração de holandeses p'ra cá na invasão do Nordeste, mas sejamos sinceros, pouquíssimos guardam algum resquício significativo disso, eu conheci uma vez um rapaz Pernambucano que dizia ser descendente de holandeses pois sua avó era loira e de olhos verdes . . . mesmo que que o sobrenome deles fossem Barreto, Souza, Pinto e etc. .
Subestimadas:
Espanhola- Essa é um clássico, vieram uma porrada de espanhóis p'ra essas bandas, porém vagamente você verá alguma influência deles em vossa cultura atual, a ponto de serem esquecidos pela mídia, eu mesmo fiquei pasmo quando descobri que a Ivete era 1/2 Galega, talvez pois a cultura e língua deles eram bem parecidas com a nossa (Ao menos nos tempos mais antigos) e assim eles se esconderam bem da mídia que estava mais interessada em italianos e alemães, eu mesmo, um mulato comum baiano, acabei descobrindo uma origem espanhola na nossa família que vieram de fidalgos de Zaragoza hehe
OBS: vejo que alguns falam sobre a subestimação com a imigração portuguesa também, porém acredito que a mesma seja bem representada no Brasil, a elite brasileira é também de luso-brasileiros recentes, muitos netos ou até filhos dos Lusitanos, e sejamos francos, acho que todo brasileiro sabe de sua origem no Minho ou Lisboa, até mesmo o mais esquerdista anti-portugal deve saber disso, falamos português, herdamos nossos traços deles, possuímos até hoje haplogrupos que remetem à invasão celta na península ibérica (R1b e R1a), e a cereja do bolo é que um brasileiro médio é quase 65% Português pós-reconquista (Que inclui a DNA majoritário nativo português como o Galaico e Lusitano, mas inclui o Mouro e judeu que há principalmente no Nordeste).
More Details about my Bahian & Portuguese ancestry:
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Parabens pela base e pela pesquisa, sério mesmo. Por como vc havia falado antes, e pelo que parece ser normal no fórum, achei que era bravata. Mesmo assim não vejo a imigração alemã como superestimada, ao menos no Sul, pelas razões que eu citei acima, a não ser que haja a crença no resto do Brasil de que a imigração de lá foi forte por todo o país.
Estou curioso agora em relação á influência Argentina/Uruguaia no Rio Grande do Sul. Foi apenas cultural, o DNA Português domina até em Argentinos e Uruguaios da região (Uruguaios ao menos deve ter uma quantidade não-desprezível), ou o movimento tradicionalista gaúcho fabricou algumas coisas hoje consideradas tradição? Porque até as coisas mais ridículas, tipo esgrima crioula (briga de facão cerimonial) existem nos dois lados, e não imagino que o pessoal não se reproduzia entre fronteiras.
Originally Posted by JamesBond007
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Cada sobrenome desse tem o pico de incidência numa parte do Estado, geralmente no Oeste e alguns no Sul, mas em Fortaleza estão todos. Acontece do povo aqui ouvir um sobrenome X e já falar logo: "ah tua família é de Sobral ne (oeste do Estado em geral)" ou "Ibiapaba" e já acertar.
PS: os sobrenomes do Leste do Estado não são específicos e possuem menos relação com a localidade, por isso não dá pra adivinhar.
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R1a não é um haplogrupo celta, estes eram massivamente R1b-L151, com concentrações significativas de G2a, I1,I2 e menos significativas porém presentes de clados de E1b, J2 (L25, L283).
R1a é mais conectado aos eslavos do que tudo,e em segunda instância também aos iranianos,povos bálticos e germanicos.
O DNA norte africano já estava presente em níveis altos na península desde o período romano(um dos esqueletos analisados chegava a ser 25% N.A. , o q pode indicar ancestralidade norafricana recente,no período romano), o que revela que o grosso não veio das invasões mouras.Apesar disso, os sefarditas em Portugal e no Brasil são sim um grupo numeroso ainda que não sejam assim tão distintos geneticamente dos portugueses.
De resto bom comentário, a herança holandesa se faz presente, mas é realmente ínfima e exagerada pois , os nordestinos desconhecem que seus ancestrais açorianos já tinham sangue flamengo, e
que famílias como os Lins (alemães)e os de Holanda , antecedem a invasão, daí em grande parte a maior frequência de traços claros.
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Essa thread tem 51 páginas, ou seja, não lerei todas nem se minha vida depender disso, então nem que algo haja sido desmentido, discutido ou decidido, deixo minha opinião sobre o que eu vi aqui da imigração italiana ser superestimada:
Primeiro de tudo, tem um problema semântico (em falta de uma palavra melhor) aqui, porque se discute tanto cultura como genética. Por dados de 2015, 30 milhões de Brasileiros, 15% da população geral tem vínculo com a Itália a ponto de ter direito à cidadania. Não é nada perto da Argentina, onde 25 milhões de Argentinos, ou seja, 62,5% da população, tem ancestralidade italiana, mas a ideia de que esse grupo migratório é superestimado geneticamente no Brasil é mentira. A maior cidade do país, São Paulo, é famosa por sua "italianidade", e em qualquer lugar das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste até certo ponto, um sobrenome Italiano é algo totalmente comum.
Culturalmente, vejo que são outros quinhentos. A influência no idioma é muito pouca, a culinária italiana no dia-a-dia não passa muito de pizza e massa (ambos específicos de certas regiões e feitos "à brasileira", sem a ortodoxia da cozinha de lá), e o que se convenciona como "arte brasileira" não tem o elemento italiano explícito como na Argentina, onde se nota nos escritores, músicos, artistas plásticos, seja em forma ou simplesmente na ancestralidade desses indivíduos.
E a minha experiência como parte da coletividade é que perdura da identidade o que a repressão da Segunda Guerra não pôde freiar. O bilinguismo acabou como algo tácito e natural nas gerações de 60 e 70, a cultura colonial obviamente perdeu força com a globalização e o êxodo rural, música, dança e semelhantes são artificiais e esporádicos até nos lugares onde nossa presença é mais forte e o Catolicismo Romano segue sendo a religião dos que ainda têm religião, colono crente é um negócio inimaginável pra mim. O que segue muito popular é a culinária adaptada do que se comia no Norte da Itália para o que está disponível aqui. Ainda que várias coisas ou se percam ou pela complexidade se hajam tornado comida de datas especiais, Cucas, salames, polenta, galetos e chimia por exemplo ainda são onipresentes, até na mesa dos que não são Italianos. O que anda desaparecendo são as formas de massa autóctones como agnolini, tortéi, taiadelli (equivalentes a capeletti, tortelli e tagliatelle), doces como grostoli, mandolate, sfregolá, sagu de vinho, e o próprio consumo do vinho como algo comum. Se aprecia o vinho colonial mas não é mais o "staple" que era. Prevejo que a não ser que haja uma volta ao interesse tanto genealógico como cultural sobre o próprio passado, nossa "Italianidade" vai ser algo 100% arcaico e reservado à datas específicas. Eu quero aprender o dialeto e gostaria de manter minha família italiana, mas ambos são difíceis, especialmente a segunda coisa porque nem faz tanto sentido assim.
Originally Posted by JamesBond007
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Concordo, em São Paulo, se você excluir quem veio de outros estados, é super comum encontrar alguém que tenha ancestralidade italiana em algum grau. Só checar listas de aprovados da USP da década de 70-80 (quando não tinha tanta gente assim de fora) para constatar pelos sobrenomes. Eu acho que a influência cultural foi forte até meados de 1970, quando a italianada ainda era viva.
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