Conversa de café

[Sebastianus Rex]

Isso tem que ver em gran parte pelo isolamento geografico do Brasil. O que queria dizer era que, pelas poucas pessoas no mundo que gostariam de aprender o portugues como lingua estrangeira, e normalmente mais devido ao Brasil que Portugal.



Outra vez exageras bastante, mas sé o que queres dizer. Mas os portugueses mesmos emigram muito ao estrangeiro também, porém é um pouco hipocrita criticar os latinoamericanos por isso. De fato, os portugueses são a comunidade estrangeira mais numerosa na França salvo os magrebies, e no Reino Unido ha muitos lugares sobretudo rurais no Leste da Inglaterra onde existem quase tantos portugueses como poloneses.

Há outros países igualmente distantes do core geográfico ocidental (Europa e América do Norte) que são muitíssimo mais visitados que o Brasil, portanto o argumento geográfico não vinga.

A grande maioria das pessoas tentam aprender uma língua por motivos profissionais e de oportunidade de negócios. No caso dos estrangeiros que tentam aprender português por causa do Brasil, fazem-no não por interesse cultural mas porque no Brasil é quase impossível viver sem falar português, já que praticamente ninguem fala inglês ou outro idioma. Em Portugal é relativamente fácil viver sem aprender sequer a dizer obrigado, que é o caso de muitos britânicos que cá vivem.

E desde quando eu escrevi que os emigrantes não sofrem quase todos do complexo de vira lata, independentemente da nacionalidade? O meu ponto foi precisamente esse, eu argumentei que os imigrantes brasileiros e palops em Portugal seriam os primeiros a mandar a língua portuguesa às couves.

[Sebastianus Rex]

Como disse inicialmente, eu posso ver as línguas nativas da Escandinava e da Holanda desaparecendo por causa do ingles. Quer dizer que os holandeses e os escandinavos sofrem do complexo vira lata também?

Dizes tu, o que estou a ver é o nacionalismo em grande ascenção nesses países, não vejo os holandeses nem os suecos a falarem inglês entre eles, estás a falar de quê?!

[Sebastianus Rex]

E outra coisa: ao contrario do que SR reclama, também as vezes as diasporas podem ser mais tradicionais e etnocentricos que os que justamente ficam no lugar de origem. Por exemplo, esta dito frecuentemente que muitos sul-asiaticos no Reino Unido mantêm algumas costumes que no Subcontinente mesmo estão a morrer, como comer o Ghee e mesmo os casamentos arranjados.

Não escrevas disparates, os casamentos arranjados continuam a ser a regra nesses países, muito mais do que nas Diásporas. Até pode ser que consigam aguentar esses costumes por 1 ou 2 gerações mas depois obviamente vão-se diluindo e mesclando com gente fora da sua etnia.

[Tooting Carmen]

Há outros países igualmente distantes do core geográfico ocidental (Europa e América do Norte) que são muitíssimo mais visitados que o Brasil, portanto o argumento geográfico não vinga.

Se mudas este concepto de "core geográfico" para também incluir Asia Oriental, o meu ponto tería mais sentido.

A grande maioria das pessoas tentam aprender uma língua por motivos profissionais e de oportunidade de negócios. No caso dos estrangeiros que tentam aprender português por causa do Brasil, fazem-no não por interesse cultural mas porque no Brasil é quase impossível viver sem falar português, já que praticamente ninguem fala inglês ou outro idioma. Em Portugal é relativamente fácil viver sem aprender sequer a dizer obrigado, que é o caso de muitos britânicos que cá vivem.

E o fato do que isso é possivel é o culpado de vcs mesmos, de não ser mais duros com os britânicos e outros inmigrantes não lusofonos em insistir do que aprendam e falem o português.

E desde quando eu escrevi que os emigrantes não sofrem quase todos do complexo de vira lata, independentemente da nacionalidade? O meu ponto foi precisamente esse, eu argumentei que os imigrantes brasileiros e palops em Portugal seriam os primeiros a mandar a língua portuguesa às couves.

Mas qual evidença tens do que os brasileiros e os africanos lusofonos em Portugal gostaríam de perder a sua língua, a pessar de estar em outro país lusofono? Por alem de tal vez preferer de ouvir o Hip-Hop em lugar de Samba?

[Tooting Carmen]

Dizes tu, o que estou a ver é o nacionalismo em grande ascenção nesses países, não vejo os holandeses nem os suecos a falarem inglês entre eles, estás a falar de quê?!

Nas universidades e nos negocios cada vez mais falam inglês inclusive entre eles mesmos, precisamente para aparecer mais "universalistas" e "cosmopolitas". De fato, sabes que a maioria dos cursos posgraduados nas universidades holandesas ensinam-se em inglês?

[Tooting Carmen]

Não escrevas disparates, os casamentos arranjados continuam a ser a regra nesses países, muito mais do que nas Diásporas. Até pode ser que consigam aguentar esses costumes por 1 ou 2 gerações mas depois obviamente vão-se diluindo e mesclando com gente fora da sua etnia.

Ironicamente, significa que podes reconhecer que se esta possível para os inmigrantes assimilar - exatamente o contrario do que normalmente as pessoas que estão em contra de qualquer imigração (principalmente não branca) reclamam? O meu argumento e que não existe nenhuma regra fija de como as pessoas, seja individuamente ou seja colectivamente, comportam e pensam no estrangeiro quanto nos seus propios países - as vezes podem ser mais liberais e abertos, as vezes mais tradicionais e fechados, as vezes mais ou menos iguais.

Em quanto especificamente o assunto dos casamentos arranjados: sobretudo entre as classes meias e altas do Subcontinente Indiano estão em declina, por muito que seja verdade que aínda fica a norma geral em tais países. E embora que os casamentos entre indianos com brancos e inclusive de vez em quando negros estão cada vez mais comuns aquí, por outro lado as comunidades de Paquistão e Bangladesh aínda tendem de ser bastante fechadas e tradicionais.

[zueira]

Há outros países igualmente distantes do core geográfico ocidental (Europa e América do Norte) que são muitíssimo mais visitados que o Brasil, portanto o argumento geográfico não vinga.

A grande maioria das pessoas tentam aprender uma língua por motivos profissionais e de oportunidade de negócios. No caso dos estrangeiros que tentam aprender português por causa do Brasil, fazem-no não por interesse cultural mas porque no Brasil é quase impossível viver sem falar português, já que praticamente ninguem fala inglês ou outro idioma. Em Portugal é relativamente fácil viver sem aprender sequer a dizer obrigado, que é o caso de muitos britânicos que cá vivem.

E desde quando eu escrevi que os emigrantes não sofrem quase todos do complexo de vira lata, independentemente da nacionalidade? O meu ponto foi precisamente esse, eu argumentei que os imigrantes brasileiros e palops em Portugal seriam os primeiros a mandar a língua portuguesa às couves.

Me tire uma duvida? Se existem tantos britânicos em Portugal porque muitos portugueses falam que é muito raro ter sangue britânico entre os portugueses?

[Tooting Carmen]

Me tire uma duvida? Se existem tantos britânicos em Portugal porque muitos portugueses falam que é muito raro ter sangue britânico entre os portugueses?

Porque é uma migração recente principalmente de retirados?

[zueira]

Porque é uma migração recente principalmente de retirados?

Porque tem tantos britânicos nos países do mediterrâneo?

[Sebastianus Rex]

Se mudas este concepto de "core geográfico" para também incluir Asia Oriental, o meu ponto tería mais sentido.



E o fato do que isso é possivel é o culpado de vcs mesmos, de não ser mais duros com os britânicos e outros inmigrantes não lusofonos em insistir do que aprendam e falem o português.



Mas qual evidença tens do que os brasileiros e os africanos lusofonos em Portugal gostaríam de perder a sua língua, a pessar de estar em outro país lusofono? Por alem de tal vez preferer de ouvir o Hip-Hop em lugar de Samba?

1. Estávamos a falar de turistas ocidentais, não descontextualizes.

2. Lol, essa tentativa de manipulação é ridícula, estás a a transformar uma coisa boa, o facto dos portugueses serem poliglotas, como sendo uma fraqueza em vez de apontares o verdadeiro problema, que é o facto de muitos dos teus compatriotas serem arrogantes, incultos e preguiçosos que se regem pela lei do menor esforço.
Ser poliglota é algo extremamente positivo, essencial mesmo no mundo moderno, sou até favorável que se convencione uma língua para entendimento universal, desde que isso não implique a supressão das línguas e culturas locais. O inglês é uma boa opção para se tornar a tal língua universal porque bastante fácil/prática, diria até simplória sob muitos aspectos.

3. Porque os conheço bem e sei do que a casa gasta, é evidência empírica. Os africanos são obcecados pela cultura gansta rap, já que é o único ponto de valorização que encontram na sua Diáspora afro-descendente ( de uma forma totalmente errónea porque é uma sub-cultura que só os tem atrasado mas enfim, é o que é) e os brazucas que para cá imigram sofrem maioritariamente do complexo vira lata, além disso para quem conhece o Brasil como eu, sabe muito bem que até a classes médias e altas sonham em ser americanos, ter casa na Florida etc. É uma generalização e todas as generalizações são simplistas mas realmente é um pouco assim.