Conversa de café

[Sebastianus Rex]

Me tire uma duvida? Se existem tantos britânicos em Portugal porque muitos portugueses falam que é muito raro ter sangue britânico entre os portugueses?

Porque tem tantos britânicos nos países do mediterrâneo?

São principalmente aposentados em busca de um clima mais agradável e de uma melhor qualidade de vida nos anos que lhes restam, não pessoas em idade activa, embora também os haja em número considerável. Mas por acaso até conheço inúmeros britânicos relativamente jovens que cá têm negócios ou empregos e muitos tem namoradas ou mulheres estrangeiras, não britânicas ( portuguesas, brasileiras, leste europeias ou de outros países). A mulher britânica passando a sua juventude (diria até adolescência) é em regra geral bêbada e gorda, não é uma muher feminina e sedutora.

[Tooting Carmen]

Mais geralmente, por que a imigração para escapar o malo clima e mais "legítimo" que escapar a guerra ou a pobreza? A quantidade de britanicos no estrangeiro é 5-6 milhões, deixando a um lado a quantidade de pessoas no Novo Mundo com ancestrais britanicos. Embora claro que existe mais imigração do Sul Global ao Occidente que ao revés, não é tão num direção só como muitos pensam.

[Sebastianus Rex]

Nas universidades e nos negocios cada vez mais falam inglês inclusive entre eles mesmos, precisamente para aparecer mais "universalistas" e "cosmopolitas". De fato, sabes que a maioria dos cursos posgraduados nas universidades holandesas ensinam-se em inglês?

Não estás a dar novidade nenhuma, desde sempre as elites académicas foram poliglotas, na Antiguidade a língua culta, inclusivamente para os Romanos era o grego, não o latim. As elites literadas entendiam-se em grego desde a Pérsia até ao Atlântico.

Na Idade Média as elites entendiam-se em latim, que foi gradualmente sendo substituído pelo francês, até durante a primeira metade do século XX as elites e a aristocracia comunicavam principalmente em francês entre si. Agora por influência dos Estados Unidos a língua para entendimento universal é o inglês, já não no mesmo patamar de língua culta, elitista, mas sim num patamar mais popular, pois é uma língua básica e ideal para as plebes aprenderem.

[Tooting Carmen]

Não estás a dar novidade nenhuma, desde sempre as elites académicas foram poliglotas, na Antiguidade a língua culta, inclusivamente para os Romanos era o grego, não o latim. As elites literadas entendiam-se em grego desde a Pérsia até ao Atlântico.

Na Idade Média as elites entendiam-se em latim, que foi gradualmente sendo substituído pelo francês, até durante a primeira metade do século XX as elites e a aristocracia comunicavam principalmente em francês entre si. Agora por influência dos Estados Unidos a língua para entendimento universal é o inglês, já não no mesmo patamar de língua culta, elitista, mas sim num patamar mais popular, pois é uma língua básica e ideal para as plebes aprenderem.

Certo, mas não acho que em tudos os países europeus uma maioria absoluta dos cursos pós-graduação sejam ensinados em inglês, por muito que sim é cada vez mais comum mesmo na França e na Espanha.

[Sebastianus Rex]

Mais geralmente, por que a imigração para escapar o malo clima e mais "legítimo" que escapar a guerra ou a pobreza? A quantidade de britanicos no estrangeiro é 5-6 milhões, deixando a um lado a quantidade de pessoas no Novo Mundo com ancestrais britanicos. Embora claro que existe mais imigração do Sul Global ao Occidente que ao revés, não é tão num direção só como muitos pensam.

Tudo é legítimo, a questão é o impacto que uma imigração massiva tem na sociedade hóspede e como pode pôr em causa a coesão nacional e levar eventualmente ao seu colapso. Muito raramente ao longo da História o multiculturalismo étnico-religioso funcionou, e temos muitos exemplos na Europa, no passado e presente, de que normalmente só traz conflitos e acaba em banhos de sangue. A contrario do cliché repetido ad nauseum pelo Media globais, a diversidade não é a nossa maior força, antes pelo contrário os exemplos históricos de que o azeite e a água não se misturam são a norma. Aliás, esses chavões são geralmente o inverso da verdade, se eles repetem muito uma ideia é porque a verdade é exatamente o contrário, daí a necessidade da repetição até ao ponto da lavagem cerebral.

Além disso, que espécie de argumento é esse? De que algum país tem obrigação de receber um número incomportável de imigrantes/refugiados só porque são coitadinhos. Isso é suicida e anti-natural, as pessoas só pensam isso porque foram e são alvo de intensas lavagens cerebrais. Cada país e cada povo tem de defender os seus interesses e a mais nada é obrigado, o resto é conversa da treta para iludir os otários.

[Sebastianus Rex]

Certo, mas não acho que em tudos os países europeus uma maioria absoluta dos cursos pós-graduação sejam ensinados em inglês, por muito que sim é cada vez mais comum mesmo na França e na Espanha.

Depende das áreas, o facto das teses de doutoramento serem em inglês pode abrir muitas portas numa carreira académica ou profissional a nível internacional, é prestigioso para o currículo, não vejo nada de anormal nisso, é até historicamente coerente como referi no post anterior, tem de haver uma língua para as elites académicas internacionais se entenderem. Se no passado foi o grego, latim, francês e agora é o inglês, pois muito bem, nada contra.

[Tooting Carmen]

Tudo é legítimo, a questão é o impacto que uma imigração massiva tem na sociedade hóspede e como pode pôr em causa a coesão nacional. Raramente ao longo da História o multiculturalismo étnico-religioso funcionou, e temos muitos exemplos na Europa. A contrario do cliché repetido ad nauseum pelo Media globais, a diversidade não é o nossa maior força, antes pelo contrário os exemplos históricos de que o azeite e a água não se misturam são a norma.

Além disso, que espécie de argumento é esse, de que algum país tem obrigação de receber um número incomportável de imigrantes/refugiados só porque são coitadinhos ?! Isso é suicida e anti-natural, as pessoas só pensam isso porque foram e são alvo de inyensas lavagens cerebrais. Cada país e cada povo tem de defender os seus interesses e a mais nada é obrigado, o resto é conversa da treta para iludir os otários.

Como digo sempre: não estou em favor das fronteiras abertas. Mas se vejo certa hipocrisia e miopia neste debate. Os britânicos e os portugueses têm assentado em números grandes em várias partes do mundo, já sejam como colonizadores, inmigrantes económicos ou (mais no caso dos portugueses) refugiados. Embora que concordo que o nível da imigração atual aqui sim é demais elevado, muitos falam como mesmo um Paquistáni ou nigeriano no seu bairro é uma catastrófica, e isso é demais fechado, histérica e preconceituoso.

[Tooting Carmen]

Depende das áreas, o facto das teses de doutoramento serem em inglês pode abrir muitas portas numa carreira académica ou profissional a nível internacional, é prestigioso para o currículo, não vejo nada de anormal nisso, é até historicamente coerente como referi no post anterior, tem de haver uma língua para as elites académicas internacionais se entenderem. Se no passado foi o grego, latim, francês e agora é o inglês, pois muito bem, nada contra.

Entendo e até certo ponto concordo. Mas o problema com isso é (1) o conhecimento do inglês atua como uma nova maneira de dividir as sociedades internamente entre os haves e have-nots, seja economicamente ou educativamente e (2) que dá mais prioridade em conhecer o inglês como um fim em si mesmo que justamente ser competente e sábio no campo em questão, por exemplo a medicina.

[Sebastianus Rex]

Como digo sempre: não estou em favor das fronteiras abertas. Mas se vejo certa hipocrisia e miopia neste debate. Os britânicos e os portugueses têm assentado em números grandes em várias partes do mundo, já sejam como colonizadores, inmigrantes económicos ou (mais no caso dos portugueses) refugiados. Embora que concordo que o nível da imigração atual aqui sim é demais elevado, muitos falam como mesmo um Paquistáni ou nigeriano no seu bairro é uma catastrófica, e isso é demais fechado, histérica e preconceituoso.

Esse é outro chavão manipulador para incutir um anátema culpabilizador pelo passado colonialista de certos povos. O que é ridículo, as pessoas do presente não tiveram qualquer participação nisso, portanto que metam as culpas colectivas no cú. Só funcionam para um lado? E o desenvolvimento que o resto do mundo beneficiou pelos europeus se terem expandido, se não fosse isso muitos povos nem sequer teriam passado da idade do bronze nem desenvolvido sistemas de escrita.

Além disdo, esse argumento é falso porque eles expandem a culpabilização colectiva até a países que nunca colonizaram ninguém, como a Suécia. É tudo uma hipocrisia oportunista de parasitas e gente sem honestidade intelectual alguma.


Duvido que a Inglaterra esteja pior que Portugal no que diz respeito à imigração descontrolada, devem estar mais ou menos a par, com a agravante de Portugal ser um país pequeno no qual fortes movimentos migratórios são muito mais impactantes. O que tem acontecido aqui nos últimos 2 ou 3 anos é uma autêntica loucura, nesse curto espaço de tempo chegámos quase ao ponto que a Inglaterra ou a França levaram décadas a atingir, embora com matizes diferentes no que diz respeito aos povos imigrantes.

[Tooting Carmen]

Esse é outro chavão manipulador para incutir um anátema culpabilizador pelo passado colonialista de certos povos. O que é ridículo, as pessoas do presente não tiveram qualquer participação nisso, portanto que metam as culpas colectivas no cú. Só funcionam para um lado? E o desenvolvimento que o resto do mundo beneficiou pelos europeus se terem expandido, se não fosse isso muitos povos nem sequer teriam passado da idade do bronze nem desenvolvido sistemas de escrita.

Além disdo, esse argumento é falso porque eles expandem a culpabilização colectiva até a países que nunca colonizaram ninguém, como a Suécia. É tudo uma hipocrisia oportunista de parasitas e gente sem honestidade intelectual alguma.


Duvido que a Inglaterra esteja pior que Portugal no que diz respeito à imigração descontrolada, devem estar mais ou menos a par, com a agravante de Portugal ser um país pequeno no qual fortes movimentos migratórios são muito mais impactantes. O que tem acontecido aqui nos últimos 2 ou 3 anos é uma autêntica loucura, nesse curto espaço de tempo chegámos quase ao ponto que a Inglaterra ou a França levaram décadas, embora com matizes diferentes no que diz respeito aos povos imigrantes.

Eu precisamente disse tambem "como inmigrantes economicos ou refugiados". E nao sempre em paises anglofonos ou lusofonos. Mesmo assim, esta ideia ainda bem convencional que sem Europa, o mundo nao valdria a pena e uma arrogancia e ignorancia tremenda. Embora que podemos concordar tal vez que a Africa nunca verdadeiramente desenvolveria, que dirias sobre a China, a India e o mundo arabe? Tem sido civilizacoes bem importantes e impactantes. No caso especificamente da India, e bem conhecido que Kolkata antes da chegada dos britanicos era igual ou inclusive mais industrializado que muitas cidades europeias mesmas, mas os britanicos deliberadamente pararam o seu desenvolvimento para extraer o seu algodao.

Quanto o seu ultimo parrafro, somente no ano passado neste pais tivemos 750,000 mais pessoas entrando que saindo. E o governo conservador, a pessar da sua retorica anti-inmigracionista, liberalizou certas regras importantes no assunto: ja as universidades nao tem nenhuma limitacao na quantidade de estudantes estrangeiros permitidos, e agora os negocios nao estao legalmente obrigados de tentar de empregar residentes britanicos antes de procurar no estrangeiro. Mais geralmente, existem bastantes cidades britanicas onde os brancos-britanicos sao ja uma minoria (inclusive para mim isso sim e um escandalo): Londres mesmo, Birmingham, Leicester, Manchester, Slough, Luton, Watford e (se excluimos as zonas rurais alrededores) tambem Oldham, Bradford e Walsall. Isso ainda nao acontece mesmo em Lisboa como cidade inteira e certamente nao em Oporto ou Faro.