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Coimbra
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Coimbra é uma lição
De sonho e tradição
O lente é uma canção
E a lua a faculdade
O livro é uma mulher
Só passa quem souber
E aprende-se a dizer saudade
Coimbra do choupal
Ainda és capital
Do amor em Portugal, ainda
Coimbra onde uma vez
Com lágrimas se fez
A história dessa Inês tão linda
Coimbra das canções
Tão meiga que nos pões
Os nossos corações, a nu
Coimbra dos doutores
Pra nós os teus cantores
A fonte dos amores és tu
Last edited by Rouxinol; 03-24-2019 at 10:32 AM.
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Vieste do fim do mundo
Vieste do fim do mundo
num barco vagabundo
Vieste como quem
tinha que vir para contar
histórias e verdades
vontades e carinhos
promessas e mentiras de quem
de porto em porto amar se faz.
Vieste de repente
de olhar tão meigo e quente
bebeste a celebrar
a volta tua
tomaste-me em teus braços
em marinheiros laços
tocaste no meu corpo uma canção
que em vil magia me fez tua.
Subiste para o quarto
de andar tão mole e farto
de beijos e de rum
a noite ardeu
cobri-me em tatuagens
dissolvi-me em viagens
com pólvora e perdões tomaste
o meu navio que agora é teu.
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Fado para esta noite
Originally Posted by YouTube
Volta esta noite pra mim
Volta esta noite pra mim
Canto-te um fado, no silêncio, se quiseres
Mando recado ao luar, que se costuma deitar
Ao nosso lado, para não vir hoje, se tu vieres
Anda deitar-te, fiz a cama de lavado
Cheira a alfazema o meu lençol alinhado
Pus almofadas com fitas de cor
Colcha de chita com barra de flor
E à cabeceira tenho um santo alumiado
Volta esta noite pra mim
Volta esta noite pra mim
Canto-te um fado no silêncio, se quiseres
Mando um recado ao luar, que se costuma deitar
Ao nosso lado, pra não vir hoje, se tu vieres
Pus o meu xaile pra nos servir de coberta
E um solitário ao pé da janela aberta
Pus duas rosas que estão a atirar
Beijos vermelhos, sem boca para os dar
Sem o teu corpo, minha noite está deserta
Volta esta noite pra mim
Volta esta noite pra mim
Ser abraçada, por teus braços, atrevidos
Quero o teu cheiro sadio, neste meu quarto vazio
De madrugada, beijo os teus lábios, adormecidos
Mando recado ao luar, que se costuma deitar
Ao nosso lado, pra não vir hoje, se tu vieres
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Amor a Coimbra
Um raio de luar
Noite calma e bela
Um estudante a cantar
Sob uma janela
Te canto Coimbra
Com notas sem fim
Grandes como o amor
Grandes como o amor que eu tenho por ti
Tens a luz mais linda
Deste Portugal
Recantos de amor
A Lapa e o Choupal
A Rainha Santa
Te abençou
Todo o que é poeta
Tudo o que é poema, sempre te cantou
Lindo é o Mondego
Que ouve a nossa voz
E vai em sossego
Lá longe para a foz
Nas águas vão notas
De um fado sofrido
Cada coração
Cada coração, canta o seu destino
Um raio de luar...
Last edited by Rouxinol; 03-25-2019 at 11:20 AM.
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Não queiras gostar de mim
Sem que eu te peça
Nem me dês nada que ao fim
Eu não mereça
Vê se me deitas depois
Culpas no rosto
Isto é sincero
Porque não quero dar-te um desgosto
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso
E até aposto
Que não gosto de ninguém
Podes sorrir, podes mentir, podes chorar também
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso
Quem sabe se te esqueci
Ou se te quero
Quem sabe até se é por ti
Por quem eu espero
Se gosto ou não afinal
Isso é comigo
Mesmo que penses que me convences
Nada te digo
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^My favorite.
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A beautiful poem by José Régio, marvelously sung by Amália Rodrigues.
O Fado nasceu um dia,
quando o vento mal bulia
e o céu o mar prolongava,
na amurada dum veleiro,
no peito dum marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
Ai, que lindeza tamanha,
meu chão , meu monte, meu vale,
de folhas, flores, frutas de oiro,
vê se vês terras de Espanha,
areias de Portugal,
olhar ceguinho de choro.
Na boca dum marinheiro
do frágil barco veleiro,
morrendo a canção magoada,
diz o pungir dos desejos
do lábio a queimar de beijos
que beija o ar, e mais nada,
que beija o ar, e mais nada.
Mãe, adeus. Adeus, Maria.
Guarda bem no teu sentido
que aqui te faço uma jura:
que ou te levo à sacristia,
ou foi Deus que foi servido
dar-me no mar sepultura.
Ora eis que embora outro dia,
quando o vento nem bulia
e o céu o mar prolongava,
à proa de outro veleiro
velava outro marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
Last edited by Rouxinol; 04-13-2019 at 03:18 PM.
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