brasileiros coloniais com sangue europeu não ibérico!

[Etelfrido]

Açorianos de ancestralidade Flamenga no Sul.

https://www.theapricity.com/forum/sh...-Latin-America

[DraviXi99]

Provavelmente de sangue flamengo,ou normando/bretao,provavelmente holandes e talvez escoces.

[Jingle Bell]

Nordeste: Os Serfaditas eram não eram ibéricos étnicos e imigraram em razoáveis números ás capitanias mais populosas da colônia no Sec XVI e XVII (Baia de todos os santos, Pernambuco, Ilhéus).
"Entre os primeiros portugueses a chegarem no Brasil, estavam os imigrantes mais abastados que aqui se fixaram principalmente em Pernambuco e na Bahia. Vieram para explorar a produção de açúcar, a atividade mais rentável da colônia nos séculos XVI e XVII. Estavam em busca de investimentos lucrativos.

Também, nesse mesmo período, Portugal incentivou a migração internacional forçada, o degredo, para suprir as deficiências do povoamento. Calcula-se que durante os dois primeiros séculos de povoamento, nas regiões centrais da colônia, como Bahia e Pernambuco, os degredados correspondiam a cerca de 10 ou 20% da população. Mas em áreas periféricas, como é o caso do Maranhão, essa cifra representava, aproximadamente, de 80% a 90% do total de portugueses da região. Nesse mesmo período, também vieram para o Brasil cristãos-novos e ciganos, ambos fugindo de perseguições religiosas." - IBGE brasil500anos

Sul: Flamengos nascidos nos Açores e Madeira que imigraram pra cá, famílias como a Silveira e Terra descendem diretamente deles, se não me engano a maioria se fixou ao longo da costa Catarinense com Floripa sendo um ponto de desembarque. - http://www.portaldodivino.com/acores/emigracao.htm

Sudeste: Este é mais incerto, mas é conhecido que parte dos Bandeirantes que fundaram inúmeras cidades em São Paulo e região eram de não só origem Portuguesa mas também Italiana, principalmente das ricas cidades como Veneza, Gênova, Napoles e Florença da península, agora se eles deixaram marca significativa é mistério, já que seus sobrenomes deixados dão overlap com os dos imigrantes Italianos nortenhos dos pós-abolição. -CARVALHO FRANCO, Francisco de Assis, Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil, Editora Itatiaia Limitada - Editora da Universidade de São Paulo, 1989

[Etelfrido]

Açorianos de ancestralidade Flamenga no Sul.

https://www.theapricity.com/forum/sh...-Latin-America

Também há algumas famílias Italianas coloniais do Nordeste, como os Cavalcanti, Acciaioli e Doria.

[DraviXi99]

Também há algumas famílias Italianas coloniais do Nordeste, como os Cavalcanti, Acciaioli e Doria.

Holandesas tambem tipo Wanderley e os Holanda,Francesas tipo Accioly e Flamenga tipo Brant. Austriaco tipo Linz.

[Camargo]

Eu tenho alguns antepassados não-ibéricos que vieram na época da Capitania de São Vicente, mas já perdi os sobrenomes há muitas gerações. Dos que eu lembro de cabeça: Banderborg (flamengo), Leme (flamengo) e Furquim (francês de origem alemã). Os dois primeiros nasceram em Portugal mas eram filhos de flamengos (sobrenomes originais eram Van der Borg e Lem, respectivamente), enquanto o Furquim era da região francesa da Lorena, que na época ainda pertencia ao Sacro Império Romano-Germânico e sempre foi disputada entre os estados franceses e alemães que se sucederam. O Banderborg (ou variantes) eu nunca vi por aí, mas o Leme e o Furquim são extremamente comuns no interior de São Paulo e regiões por onde os bandeirantes se espalharam. Só procurar algo do tipo "borracharia Furquim" que você acha um monte de loja no Google, por exemplo.

Era muito comum, nessa época inicial da colonização de São Paulo, ter um monte de aventureiros de origem estrangeira (não-portuguesa) porque o território paulista era conhecido por ser porta de entrada para os diversos locais onde haveria ouro aqui na América do Sul, como o Peabiru que, segundo a lenda, ia parar nas minas de ouro do Peru. Aquele aventureiro alemão famoso, Hans Staden, que viveu em cativeiro no meio dos índios por anos, descreveu encontrar vários franceses, italianos e alemães rondando os arredores das vila de Santo André da Borda do Campo, São Vicente e Santos, na década de 1550/1560, alguns vindos do Paraguai e outros, como no caso dos franceses, que comercializavam com índios no litoral.

No Nordeste, como já falaram, houve o caso dos holandeses e franceses, sendo que os próprios holandeses empregavam um número considerável de soldados alemães ou franceses (huguenotes) nas suas campanhas.

No Sul, o número de açorianos com algum grau de antepassado não-ibérico deve ter sido considerável, também.

[Camargo]

Alguns colonos paulistas de origem não-iberica: Felipe de Campos Banderborg (flamengo), Pedro Leme (flamengo), Pedro Taques (flamengo), Estevão Furquim (francesa/alemã), José Adorno (italiano), Jacques Félix (flamengo), Manoel Vandale (flamengo), João Veniste (flamengo), Cornélio de Arzam (flamengo), Geraldo Betting (flamengo).

O grande número de flamengos se deve às boas relações comerciais com Portugal, onde muitos deles financiavam engenhos e outras obras na colônia. Esse artigo fala sobre isso.

Tenho um livro sobre as Bandeiras, o qual não vou conseguir achar agora, que diz que alguns colonos franceses da já destruída França Antártica (onde hoje é o Rio de Janeiro) foram assimilados em São Paulo, embora houvesse desconfiança dos demais colonos em relação a eles por causa da origem protestante (huguenote), tendo sido permitida a sua residência no Brasil ao se converterem ao catolicismo.

[Camargo]

O papel desses colonos não-ibéricos muitas vezes é menosprezado. Vou dar um exemplo "engraçado" aqui:



Esse político da foto se chama Pedro Taques, que é exatamente o mesmo nome do patriarca da família Taques, de origem flamenga, no Brasil (o sobrenome original era Tacks). Ele nasceu em Cuiabá, no Mato Grosso, fundada no século XVIII por Pascoal Moreira Cabral (que tinha origem flamenga, pois a mãe dele era Mariana Leme) e que teve entre os primeiros moradores os irmãos João e Lourenço Leme, nascidos em Itu. Esse político em questão fez faculdade na cidade paulista de Taubaté, fundada pelo flamengo Jacques Félix, em 1639. Dessa cidade (então vila, na época), nasceram ou partiram vários bandeirantes de origem flamenga em direção às minas de ouro, como Jacques Félix (chamado de O Moço, filho do fundador de mesmo nome), Antônio Rodrigues Arzão, José Rodrigues Betim, Fernão Dias Paes Leme e Lourenço Castanho Taques, sendo este último parente do político mato-grossense.

[Camargo]

No Maranhão colonial, deve ter havido uma presença considerável de não-portugueses, já que São Luís foi fundada por franceses (França Equinocial, se não me engano), sendo tomada depois pelos portugueses, colonizada por açorianos (muitos de origem não-ibérica) e depois tomada pelos holandeses por um breve período. Com tudo isso, há de se notar um número importante de personagens com sobrenomes "diferentes". No final do século XVII, irrompeu uma revolta de caráter nativista articulada pelos irmãos Manuel e Tomás Beckman, de origem alemã.

Ana Jansen, nascida e criada no final do período colonial, foi uma importante figura política em São Luís no século XIX. A mãe dela, nascida na mesma cidade, era de origem holandesa, alemã e italiana (Rosa Maria Jansen Müller - a parte materna descendia dos Cavalcanti do Nordeste). Criou-se uma lenda de que a carruagem dela assombra as ruas de São Luís durante a madrugada.

[Camargo]

Dando uma olhada rápida em uma lista de políticos de Pernambuco, por exemplo, notei o tanto de Cavalcanti que eu achei (foram pelo menos uns 10), isso olhando deputados estaduais. Imagine o tanto de vereador que não deve ter com esse sobrenome. Já conheci alguns Cavalcantis nordestinos (ou de origem nordestina) e eram pessoas simples, no máximo classe média, ou seja, não era da classe política. A impressão que eu tenho é de ser um sobrenome bem comum por lá (algum nordestino do fórum pode confirmar).