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Sacrificed Ram
A questão é um velho ditado brasileiro: "Passou de branco é preto."
Eu era contra o sistemas de cotas raciais, mas recebi uma forte argumentação a favor. Não me lembro quem disse, mas o indivíduo dizia que ninguém anda com um testador genético portátil no bolso para saber as ancestralidades de alguém, você é discriminado pelo que parece ser, o racismo usa o critério de aparência, o racismo é fenotípico. Não importa o que você é, e sim como você é percebido pelas outras pessoas. A pessoa pode ser "parda" ou "mulata" na sua ancestralidade, mas ela é percebida como "negra" por aqueles que discriminam ela, aí a razão para agrupa-los no mesmo conjunto a ser protegido. Daí o uso da palavra preconceito, um conceito já pré estabelecido mesmo que este fuja da realidade. Outro motivo para agrupar pardos, mulatos e negros juntos é que eles vivem e são provinientes do mesmo grupo socio-econômico-cultural, todos vivem na mesma comunidade e passam pelas mesmas experiências e dificuldades.
Se bem que nos dias de hoje, com o crescimento das milícias e a migração do crime organizado para a classe média e superiores, a figura do negro tem se desvinculado da imagem de bandido, para uma de um simples e humilde fiel evangélico...
Resumindo: A fato não é o que a pessoa é, mas como ela é percebida pelas pessoas que discriminam ela (preconceito). A pessoa pode ser parda, 90% de DNA europeu, mas ela é discriminada da mesma forma e maneira que uma pessoa negra, daí necessidade delas estarem no mesmo grupo a ser protegido.
Vale lembrar que maioria das pessoas não frequentam fóruns de antropologia na internet, maioria das pessoas não sabem diferenciar um pardo de um negro.
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