O tópico de tudo o que é nada

[Rouxinol]

Olá a todos.

Serve este tópico para falar de tudo o que nos apetecer, qualquer que seja o assunto (ou falta dele).

Hoje apetece-me falar sobre mitos.

Como é do conhecimento da maioria, há nestes fóruns de antropologia espalhados pela Internet - e não só (ver YouTube ou pesquisar no Google) - vários "mitos raciais" acerca dos portugueses (bem como sobre outros povos europeus, com excepção dos povos tidos e aceites geralmente como germânicos ou celto-germânicos). Os portugueses não são só árabes, como são também mulatos, de acordo com o estado da arte antropológico-racial destes "peritos" de algibeira.

Desde sempre me intrigou o motivo pelo qual tais mitos se terão formado e disseminado de forma tão rápida. É algo que ainda não consegui explicar racionalmente. É como a mulata cantante do fado Mariza ou o político monhé António Costa serem tidos como portugueses de gema por estes indivíduos ao passo que um mulato inglês, francês ou holandês é isso mesmo, um mulato, não-étnico. Imaginem se o monhé António Costa chegar à presidência do país, como alguns anunciam... Será a cereja no bolo. Já imagino a quantidade de posts a pedir uma classificação do presidente da república português ou a exibi-lo como uma prova da sua diarreia mental.

Há por aí um livro a circular há anos, bastante popular entre a fauna que frequenta este tipo de fóruns. É da autoria de um britânico da antiga Rodésia, Arthur Kemp (que em termos de aparência encaixaria perfeitamente entre os mais "escuros" dos portugueses), em que este basicamente defende que a queda do Império Romano, do Império Português, do Império Espanhol e por aí fora (por outras palavras: todos os europeus não celto-germânicos) se deveu a um elevado grau de mistura racial. Por fim, utiliza estes exemplos como antevisão do que sucederá à Europa do norte caso o processo de imigração em massa/multiculturalismo não seja revertido. Presumo que este livro tenha ajudado bastante a espalhar estes mitos - pelo menos nestes fóruns. Não tenho ideia até que ponto esta falta de senso transborda as fronteiras do mundo virtual e dos que frequentam estes sítios.

O caso deste utilizador canadiano que criou o tópico sobre o filho mulato do Cristiano Ronaldo é exemplificativo e paradigmático. É o típico burro, ignorante, que propaga este tipo de mitos e acredita neles piamente - inocentemente ou não. Os comentários no tópico sobre "o que te vem à cabeça quando pensas sobre estes países europeus" também reflectem, muitos deles, a indocrinação deste tipo de equívocos sobre os portugueses - e parece-me a mim mais do que sobre qualquer outro povo europeu.

Tenho passado largas horas nestes fóruns a tentar acender a luz na cabeça desta gentinha, mas parece-me infrutífero. Até o cigano aqui do burgo antropológico proclama tais mitos.

Enfim, desculpem o testamento, foi também mais em tom de desabafo, mas poderá servir para tentar deslindar estes mistérios e encontrar métodos para combater estas ideias completamente distorcidas sobre este país pelos suspeitos do costume. Terão algo a ganhar com isso?

[Atlantic Islander]

It's because they're ignorant, and the ones that aren't are just trolls.

[Riki]

inglês, francês ou holandês é isso mesmo, um mulato, não-étnico.

Giro e chegar a esses Países e olhar para a quantidade de casais multi-raciais.

[Rouxinol]

Giro e chegar a esses Países e olhar para a quantidade de casais multi-raciais.

Para estes tipos os portugueses já passaram essa fase. Já passaram o ponto de não-retorno. Daí que apontem para Portugal e para outros países europeus (com excepção dos de base germânica ou celto-germânica, claro) como exemplos da catástrofe iminente nos seus países.

Onde eu moro, infelizmente, tenho visto muitos casais multi-raciais. Presumo que o pesadelo não seja de proporções tão gigantescas como, por exemplo, na França ou no Reino Unido, contudo. Nos subúrbios de Lisboa, nos bairros, é comum ver portuguesas ficarem prenhas de africanos. Conheço várias que andaram comigo à escola.

[Slycooper]

Ignorance

[Ausência Forçada]

Ainda me recordo quando somente os nacionalistas diziam que essas mentiras e mitos eram falsidades, o restante povo de tão formatado que está engoliu sem questionar toda essa propaganda do mais idiota e fácil de refutar que existe. Como disseram, em alguns casos é somente ignorância (fruto de propaganda), em outros casos são complexos de inferioridade dos suspeitos do costume.
Bom texto Labrador.

[Prince Carlo]

I've a great respect for my Portuguese brothers and sisters, but you have to stop visigoth trolling.

[Catrau]

Hoje apetece-me falar sobre mitos.

Os portugueses não são só árabes, como são também mulatos, de acordo com o estado da arte antropológico-racial destes "peritos" de algibeira.

Tenho a mesma sensação mas também tenho fé que o tempo talvez se encarregue de alterar esta situação quando definitivamente morrer esta moda dos últimos 30 anos de que aquilo que somos e as nossas tradições são foleiras e desprezíveis e se tome consciência de que aquilo que esse legado dos nossos avós é a nossa maior riqueza e um poderoso factor de diferenciação positivo. Obviamente que o que nos anda a denegrir é um movimento urbano mas ele chegou ao coração do ruralismo que passou e continua a passar em alguns locais por uma degradação através do abandono e fuga, do desprezo pela herança.
Vejo com muito agrado no ambiente que me rodeia o crescer da defesa das tradições e da tomada de consciência do que isso significa. Isto só está ao alcance das pessoas quando elas entendem o que realmente tem valor, em geral acompanha o aumento da formação e da educação.
Estas minhas linhas podem parecer fugir ao tema que iniciaste mas no meu entendimento tem muito a ver porque a tomada de consciência das nossas tradições leva à vontade de saber quem somos e só assim as pessoas vão compreender que não são nem herdam puta de coisa nenhuma de islamitas ou de africanos. É muito simples, os pastores guerreiros do Atlas não eram filósofos nem engenheiros nem possuíam nenhuma cultura superior, não nos vieram ensinar nada e por isso não retivemos a língua, nem a cultura, nem a religião por isso não deixaram marcas no horizonte, já disse isto 500 vezes mas vou repetir até à exaustão. Nada me move contra a cultura desses povos e sei até apreciá-las mas no seu lugar, não são minhas são deles e com eles devem ficar.. o seu a seu dono. Quando se perceber isso, vai deixar de haver ouvidos para políticos e historiadores mentirosos. Às tantas sou um idealista… mas Árabes nunca poderíamos sequer ter sido dado que, a bem dizer, excepto alguns Generais e Governadores, esses nunca cá puseram os pés. Bastava que em vez de Árabes se passasse a dizer Marroquinos... e o castelo de cartas começava logo a cair por terra.

Agora, realmente parece que o pior nem são os Portugueses, são outros povos que se fazem passar por Portugueses e levam a mentira a níveis inconcebíveis.




Eira abandonada na minha aldeia. Esta eira deve ter centenas de anos e finalmente foi herdada por um qualquer bazófia da grande cidade que em poucos anos deixou chegar esta espectacular propriedade com vista para o vale do Nabão, sol todo o dia, arvoredo e situada em zona urbanizável e com bons acessos... ao estado que a foto mostra. Só um estúpido, incompetente e desprezível acha esta riqueza patrimonial não vale sequer manutenção. Com gente desta, estamos entregues aos bichos, felizmente que hoje em dia, nessa aldeia onde cresci, isto é cada vez mais uma raridade.

[Riki]

Tenho a mesma sensação mas também tenho fé que o tempo talvez se encarregue de alterar esta situação quando definitivamente morrer esta moda dos últimos 30 anos de que aquilo que somos e as nossas tradições são foleiras e desprezíveis e se tome consciência de que aquilo que esse legado dos nossos avós é a nossa maior riqueza e um poderoso factor de diferenciação positivo. Obviamente que o que nos anda a denegrir é um movimento urbano mas ele chegou ao coração do ruralismo que passou e continua a passar em alguns locais por uma degradação através do abandono e fuga, do desprezo pela herança.
Vejo com muito agrado no ambiente que me rodeia o crescer da defesa das tradições e da tomada de consciência do que isso significa. Isto só está ao alcance das pessoas quando elas entendem o que realmente tem valor, em geral acompanha o aumento da formação e da educação.
Estas minhas linhas podem parecer fugir ao tema que iniciaste mas no meu entendimento tem muito a ver porque a tomada de consciência das nossas tradições leva à vontade de saber quem somos e só assim as pessoas vão compreender que não são nem herdam puta de coisa nenhuma de islamitas ou de africanos. É muito simples, os pastores guerreiros do Atlas não eram filósofos nem engenheiros nem possuíam nenhuma cultura superior, não nos vieram ensinar nada e por isso não retivemos a língua, nem a cultura, nem a religião por isso não deixaram marcas no horizonte, já disse isto 500 vezes mas vou repetir até à exaustão. Nada me move contra a cultura desses povos e sei até apreciá-las mas no seu lugar, não são minhas são deles e com eles devem ficar.. o seu a seu dono. Quando se perceber isso, vai deixar de haver ouvidos para políticos e historiadores mentirosos. Às tantas sou um idealista… mas Árabes nunca poderíamos sequer ter sido dado que, a bem dizer, excepto alguns Generais e Governadores, esses nunca cá puseram os pés. Bastava que em vez de Árabes se passasse a dizer Marroquinos... e o castelo de cartas começava logo a cair por terra.

Agora, realmente parece que o pior nem são os Portugueses, são outros povos que se fazem passar por Portugueses e levam a mentira a níveis inconcebíveis.




Eira abandonada na minha aldeia. Esta eira deve ter centenas de anos e finalmente foi herdada por um qualquer bazófia da grande cidade que em poucos anos deixou chegar esta espectacular propriedade com vista para o vale do Nabão, sol todo o dia, arvoredo e situada em zona urbanizável e com bons acessos... ao estado que a foto mostra. Só um estúpido, incompetente e desprezível acha esta riqueza patrimonial não vale sequer manutenção. Com gente desta, estamos entregues aos bichos, felizmente que hoje em dia, nessa aldeia onde cresci, isto é cada vez mais uma raridade.

Gosto principalmente dessa parte.
Acho que a Língua e Herança.
A Língua principalmente e a prova daquilo que somos.
E a Língua Portuguesa e uma mescla de Pré Romano e Latim.
Os Árabes deixaram por cá cerca de 400 palavras.
Irrisório.E por vezes,muitas dessas palavras podem se substituir,por outras daquelas que só os Velhotes e que conhecem.

[Catrau]

Gosto principalmente dessa parte.
Acho que a Língua e Herança.
A Língua principalmente e a prova daquilo que somos.
E a Língua Portuguesa e uma mescla de Pré Romano e Latim.
Os Árabes deixaram por cá cerca de 400 palavras.
Irrisório.E por vezes,muitas dessas palavras podem se substituir,por outras daquelas que só os Velhotes e que conhecem.

Sim, tens razão em 250000 é muito pouco e são menos ainda se pensarmos que sobram umas cento e tal que não são toponimia e dessas, a maior parte também foi adoptada noutras linguas inclusivé germânicas (Alcool, almirante adobo, alquimia, alcova, alambique, algebra, alcaide, arsenal, café etc., em inglês são cerca de 120 palavras. Não é nada, não prova força cultural moura ou sequer capacidade de imposição cultural.